Campos de Concentração Nazistas
O campo
de concentração surgiu no século
XVIII, e tinha como destino os prisioneiros de um determinado conflito, que ali
ficavam agrupados em separado de outros tipos de detentos comuns. Na Alemanha
Nazista, porém, o campo de concentração assumiu um novo uso, mais drástico e
horrendo, que de certa forma acabou até por alterar o significado de seu
próprio nome.
De fato,
várias das ideias dos integrantes do partido nazista, todas as mais obscuras e
negativas acabaram por ser aplicadas no interior de seus campos, antes e
durante a Segunda Guerra Mundial. Prova disso é que não
se noticiava o que acontecia por detrás de seus muros, nem mesmo para a
população alemã em geral.
Assim, os
campos de concentração passaram a ser utilizados como estratégia de domínio de
grupos étnicos, dissidentes políticos e das diversas minorias indesejáveis
ao Estado. Criados desde os primeiros dias do regime nazista (o primeiro foi
Dachau, em 1933), neles ingressavam compulsoriamente os judeus, ciganos,
políticos oposicionistas, especialmente anarquistas e comunistas, minorias
religiosas como Testemunhas de Jeová e homossexuais, todos expostos a
tratamento desumano, trabalhos extenuantes, experiências médicas bizarras, e,
em último caso, execução nas câmaras de gás ali presentes.
Havia um
tipo de campo, porém, os chamados campos
de extermínio (embora essa classificação não
seja independente, pois todos os campos tinham programas de execução de seus
internos), a maioria deles localizada na Polônia, cujo objetivo
era exterminar seus internos quase que diretamente, sem maiores cerimônias.
Muitos destes campos foram utilizados no programa nazista conhecido como
“Solução Final”, que consistia no extermínio total dos judeus de áreas
conquistadas.
Com o início
da Segunda Guerra, os campos passaram a receber também todo tipo de prisioneiro
de guerra das áreas onde os nazistas avançavam. Pior, mais campos foram sendo
construídos fora da Alemanha, sendo os mais conhecidos os campos de extermínio
da Polônia. Eles existiram, porém, nas Ilhas do Canal da Mancha, Noruega,
Países Baixos, Sérvia, Itália, Moldávia, Bélgica,
França, Ucrânia, Croácia, Letônia, Lituânia, Bielorússia, Áustria, República
Tcheca e Estônia. Milhões de pessoas foram aprisionadas e submetidas a todo
tipo de abuso nos campos nazistas. Só nos campos de extermínio, sob a
administração das SS, os alemães e seus colaboradores mataram cerca de 2.700.000
de judeus. Apenas uma pequena parte dos prisioneiros que lá foram colocados
conseguiu sobreviver. Os campos nazistas exerceram tamanha influência no
imaginário coletivo que, desde então, qualquer estrutura designada para receber
prisioneiros de guerra, ao invés de ser chamada como deveria de fato, de campo
de concentração, recebe nomes eufemísticos, como “campos de internamento”,
“campo de remanejamento”, etc.
Nenhum comentário:
Postar um comentário