Livro revela horrores sobre bordéis em campos de concentração na Alemanha nazista,
Embora não muito conhecido, nunca foi realmente um segredo o fato
de que os nazistas mantinham bordéis em campos de concentração. Um pesquisador
alemão reuniu informações sobre o assunto e publicou um livro a respeito.
Das KZ Bordell (O bordel do campo de concentração) vem sendo festejado como o
primeiro relato detalhado acerca de um capítulo pouco conhecido da história do
nazismo durante a Segunda Guerra Mundial. O volume de 460 páginas, de autoria
de Robert Sommer, é resultado de uma pesquisa minuciosa sobre todos os 10
ex-campos de concentração onde os nazistas mantiveram bordéis entre os anos de
1942 e 1945.
O livro é baseado em numerosas entrevistas com pequenos grupos
de sobreviventes. De acordo com Sommer, os oficiais da SS eram convencidos de
que os trabalhadores forçados se empenhariam mais se lhes fosse prometida a
possibilidade de fazer sexo.
"As mulheres que eram recrutadas para esses bordéis vinham em
sua maioria dos campos de concentração de Ravensbrück e Auschwitz", diz
Sommer. Segundo o pesquisador, aproximadamente 70% destas mulheres eram alemãs.
As demais vinham da Ucrânia, Polônia e Belarus.
"Indesejáveis" socialmente
Depois de um no campo austríaco de Mauthausen, em 1942, a SS
abriu mais 10 bordéis, sendo o maior deles em Auschwitz (hoje Oswiecim, na
Polônia), onde trabalhavam cerca de 21 prisioneiras. O último bordel foi aberto
no início de 1945, ano em que a guerra chegou ao fim.
Sommer estima em 200 o total de prisioneiras forçadas a
trabalhar em bordéis, inicialmente atraídas pela perspectiva de escaparem das
brutalidades dos campos de concentração. A promessa de liberdade, no entanto,
nunca era cumprida, revela Sommer.
Nenhum comentário:
Postar um comentário